sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Ventos frescos e renovadores.

Em pleno verão Pelotas agita o cenário cultural do RS. Esperamos que a idéia permaneça para os próximos anos ampliando a oferta de bons programas culturais arejando o mundo das artes no período das férias, dominado basicamente pelo Santander Cultural e pelo consagrado Porto Verão Alegre. Ainda ontem visitei o Santander que está com o Festival Internacional de Linguagem Eletrônica que se estende até o dia 27 de fevereiro. Vale a pena, muito interessante. Já havia visitado a exposição anterior.
O acanhado mundo lírico do RS sente uma nova aragem com a iniciativa do SESC e da Orquestra da Unisinos em promover o 1° Festival Internacional de Música ( http://www.sesc-rs.com.br/festival/ ), serão 38 espetáculos em 14 dias de evento.
É notório a falta de investimento na área cultural, o aparelhamento e ampliação dos espaços e o pouco interesse dos gestores com relação a música clássica em Porto Alegre. Mesmo o RS possuindo excelentes Faculdades de Músicas e escolas, a cada ano verifica-se uma programação que não condiz com o tamanho da cidade. Sorte do público que o interior vem procurando alavancar e incentivar essa área construindo inclusive teatros possibilitando que os profissionais tenham mais alternativas de espaços e trabalho.
A dificuldade da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre para construir seu teatro, sua escola e seu espaço adequado de trabalho já entrou para o folclore gaúcho como mais uma lenda urbana. Sabe-se lá quando isso irá acontecer. Lamentável.
Em todos as cidades quer do Brasil ou do exterior que tenha uma Orquestra, ela possui um teatro quer do estado ou do município abrigando-a. Aqui em Porto Alegre temos um único teatro do estado de envergadura, mas pequeno. Não tem Orquestra Sinfônica e sim uma de Câmara, que diga-se muito boa, entretanto o teatro é utilizado mais para peças e outras atividades.
O projeto que existe para a OSPA é de uma Sala Sinfônica, para concertos e claro para ensaios e estudos. Mesmo que seja construído, o que tenho minhas dúvidas, tal é o nível de dificuldade que enfrenta, não irá suprir totalmente o universo, tão defasado no RS, das exigências mundo lírico.
Há dificuldade para construir um teatro, fruto de pensamentos equivocados e demagogia ultrapassada. Penso que seja praticamente impossível projetar-se uma outra casa de espetáculos com objetivos mais ambiciosos. Isso é questão de visão. Quando vejo que em São Paulo tem mais de 100 teatros e nós estamos discutindo há anos a construção de somente um para nossa Orquestra Sinfônica. Nunca vi trabalhos sobre isso, mas creio que em Porto Alegre não tenhamos mais que 20 teatros, a maioria com espaço para até 100 pessoas. É risível.

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