sexta-feira, 25 de março de 2011

É fácil jogar pedra na Geni!

Muita se fala do Sistema Único de Saúde-SUS. Fala-se mal. O que considero uma injustiça. Problemas tem, é claro. Como tem problemas em outros setores: no transporte por exemplo. Os bairros mais afastados não tem ônibus com tanta freqüência como nos bairros mais abastados, a maioria dos coletivos não tem ar condicionado. O benefício que o governo dá às montadoras vem entupindo as cidades com veículos sem que o poder público melhore os sistemas viários. Quem fala nisso? Então... por que o SUS virou a Geni?
Não existe país no mundo com um sistema tão abrangente como o nosso. Pessoas que nunca contribuíram tem acesso à saúde. Há pouco tempo vi uma entrevista brasileiros que falavam que retornaram ao Brasil para se tratarem pois não conseguiram onde moravam. Muitos estrangeiros tem passado por isso e mesmo americanos e europeus tem dificuldade de acesso em seus países.
Minha irmã doente e já falecida tinha convênio mas quando precisou colocar marca passo o convênio não cobria. Qual a solução? Internamento pelo SUS. Fez tudo sem gastar nada. Há poucos tempo sofri uma queda feia e bati a cabeça. Com o cartão do convênio fui à um grande Hospital na Emergência. Cheguei em torno das 20hs fui atendida após as 24hs. Muitas vezes tenho conseguido ficha para atendimento médico, pelo convênio, um mês após.
Creio estarmos com uma crise na Saúde e não no SUS. A população aumentou e a infra-estrutura do país não cresceu proporcionalmente. O número de Hospitais até decresceu. Como pode uma cidade ter uma estrutura onde cada Hospital oferece apenas 50 vagas na Emergência? Numa cidade pequena como Porto Alegre é um caos, imagine Rio de janeiro e São Paulo que tem toda a população do RS só na Capital? Se não bastasse isso muitas pessoas que eram atendidas por Convênios agora fazem uso do SUS. É por isso que vemos muitos profissionais da medicina, farmácia e outras ligadas à saúde com dificuldades de emprego. Não há ampliação do mercado de trabalho. Está estagnado.
Ouvi numa palestra de um médico que o atendimento médico (convênios, exames etc) representam apenas 20% na saúde das pessoas quer dizer, que o restante é intrínseco a vida que cada um leva e às condições em que vive. Nós sabemos que uma grande parte dos brasileiros moram inadequadamente, em locais insalubres, tem subempregos, o que gera graves problemas de estresse e sofrimento psíquico, não tem lazer adequado, consomem álcool e drogas e se alimentam inadequadamente, haja visto o aumento dos problemas de hipertensão, diabetes e obesidade. A falta de políticas públicas para proporcionar melhor qualidade de vida à população e o estabelecimento de programas que oriente as pessoas, que uma boa parte da saúde é alcançada por si mesma, são fatores que estão colapsando os Sistemas de Saúdes como um todo.
Há mais de 10 anos sou voluntária em hospitais atendidos pelo SUS, nunca ouvi nenhum paciente falar mal do atendimento. Os que reclamam, por incrível que pareça é porque querem retornar para casa por que não gostam da comida do hospital, então se observa as mesinhas cheias de refrigerante, doces, bolachas e pastel, raramente se vê uma fruta e os outros que reclamam estão fora dos hospitais, quer dizer: achatados pelas deficiências estruturais dos estados.
Uma revisão nos conceitos e na forma de encarar a saúde como uma prevenção certamente irão alterar esse quadro assustador.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Planeta Terra!

SIM...SIM...SIM...

À Educação. Música. Teatro. Dança. Emprego. Moradia. Saneamento. OSPA. Maestro João Paulo Sefrim. Transportes alternativos. Preservação da Natureza. Paz no trânsito. Mais Hospitais. Solidariedade. Tolerância. Mais seriedade nas Leis de Incentivo à Cultura. Igualdade. Cidade limpa.


NÃO...NÃO...NÃO...

Guerras. Energia Nuclear. Ditadura. Escravidão. Drogas, alcool e afins. Inveja. Veículos individuais. Destruição da Natureza. Desvio de dinheiro público. Mais Impostos. Discriminação. Exploração infantil. Pedofilia. Violência às mulheres. Políticos corruptos.

sexta-feira, 11 de março de 2011

O veneno dos outros...

A humanidade é interessante, deixou que o mundo que o rodeia dominasse sua necessidade interior de buscar explicações, de raciocinar, de caminhar rumo a sabedoria. Compreender, refletir, encontrar soluções e tornar o Homem melhor, parece que  faz parte da Grécia antiga, virou exéquias.
Se tivermos mente e coração abertos para tudo, poderemos sempre tirar muitos ensinamentos e, a música é uma arte maravilhosa que  nos ensina muitas coisas. Na sua composição as notas e as belas melodias que transbordam das composições tem suas Pausas, que calam num tomar fôlego para mais adiante colocar de forma ora calma ora vibrante a música. A Pausa é o momento do ócio que revigora e também cria: expectativas e caminhos, muitas vezes inesperados.
Mas o que o Homem vem fazendo? deixando de lado suas próprias criações. Vai levando a vida e não vive nela. É pura diversão, muitas vezes inconseqüente. Se aliena da sua cidade, de seus problemas e do mundo, é apenas um observador que resolve apenas seu pequeno mundo pessoal.
Que maravilha não sermos todos iguais, pelo menos no que diz respeito a etnia, pensamentos e sonhos, só assim temos uma pluralidade que aos poucos vai construindo pontes, caminhos e a internet muito tem ajudado para isso, onde existem pessoas que  discutem, identificam problemas, denunciam e movimentam as esperanças de fazer um mundo melhor. Graças a essa ferramenta moderna foi possível colocar novas possibilidades para o mundo árabe, aí sim em busca de igualdade e respeito. Mesmo com todas esses fatos positivos as pessoas criticam a internet, creditam a ela apenas meios de autopromoção, propaganda, diversão e brincadeiras. Quem critica não está fazendo a mesma coisa? Não usa o mesmo espaço para dar sua opinião pessoal? Ou será que o veneno dos outros é mais veneno? se é que opinar  seja veneno.
Caminhar para o futuro passa pelo respeito as diferenças, tolerância, discussão dos problemas, união da inteligência e das mãos para um objetivo comum: Um mundo de PAZ! Um lugar para todos!


sexta-feira, 4 de março de 2011

O mistério de Borunda!

Dr. Pedro ficou pensativo após ler a carta de seu amigo Borunda. Era um bom amigo e médico dedicado. Tiveram momentos difíceis quando esteve na África no grupo de ajuda humanitária mas vislumbrou em meio aquela tragédia um ser humano de grande valor. É uma amizade que permaneceu mesmo a longa distância, trocam experiências e informações mas faz tempo que não fala pessoalmente com seu colega. O que será que está acontecendo? por que pede para visitá-lo numa carta tão misteriosa e sem grandes detalhes, não usou o e-mail como de costume.
Gostava daquele homem sério, grande e simples como seu mundo. Aprendeu a ver encantos naquele país e seu espírito curioso aguçava sua mente para ir visitá-lo. Uns dias de férias seriam muito gratificantes.
Borunda esperava-o no aeroporto estava muito sério e de poucas palavras. Pedro ficou preocupado. O que estará acontecendo com seu amigo. Dirigiram-se para os arredores da cidade, o que estranhou pois sabia que ele gostava de ficar próximo ao hospital para facilitar o trabalho e a convivência com a família. A casa era cercada por alto muro, discreta e silenciosa. Deixou sua bagagem no quarto e Borunda o conduziu para uma saleta. Não viu sua esposa nem filho mesmo aquela hora da noite.
- Pedro, meu amigo. O que vou lhe contar espero que seja segredo. Não sei o que fazer e nem como ajudar meu filho. Precisava de um amigo para conversar. Vês minha mudança, tive que fazê-lo. Só assim teríamos privacidade e minha esposa sossego, mas temo para o futuro, sem outros descendentes.
- Mas o que está acontecendo homem?
- Pedro... meu filho está muito doente e mesmo com todo o conhecimento que tenho e as consultas que fiz em todos os livros médicos não achei resposta. Preciso que escute bem e que prometa que também será um guardião. O último que ficar deverá escolher um novo guardião. Venha, vamos ver meu filho e me diga se pode ajudar.
- O que vamos fazer no quintal meu amigo por que não vamos ao quarto de seu filho?
- Veja Pedro por que do mistério.
- Não é sua esposa que está junto a árvore?
- Sim... a coitada quase não sai mais, fica ali horas e horas.
- Onde está seu filho?
- Aproxime-se e verá. Faça uma pergunta.
- Vala onde está seu filho Adebayo? Não estou entendendo o por que de estar aqui.
- Não se assuste Dr. Pedro, eles não querem entender que estou bem, só diferente.
- Mas quem disse isso Vala... Borunda... é a voz de Adebayo mas não o estou vendo o que se passa aqui? Por que está chorando minha amiga.
- Pedro obrigado por ter vindo. Veja, esta é o Adebayo, é o que ele é agora, uma árvore.
Aproximando-se com cuidado sem acreditar no que estava presenciando Pedro consegui realmente distinguir as feições do jovem. Borunda começou a explicar as mudanças que começaram a ocorrer em seu querido filho. Não comia mais só bebia líquidos e passava horas no sol, sem conseguir mais estudar e trabalhar. Fez vários exames e começou a ver as mudanças que antes pareciam minúsculas agora já bastante visíveis. Para não expor a família e ele próprio resolveu se mudar para longe, dispensado os empregados e explicando aos amigos que Adebayo conseguiu emprego no exterior. Desde então essa é nossa sina. Estudar botânica, medicina e cuidar de nossa árvore querida.
- Não sei o que dizer meu amigo com esse fato inacreditável. Nunca pensei que iria algum dia encontrar uma árvore falante. Olhando agora com cuidado vejo que a pele está misturada com a casca.
- Tivemos que plantar pois as raízes estavam crescendo demais e ele já não conseguia se equilibrar, essa foi a melhor solução que encontramos. Nos afastamos de todos e Vala deixou o emprego para ficar protegendo nosso Adebayo é por isso que preciso saber se posso contar com o amigo para ser discreto e futuro guardião de Adebayo.
- Certamente... provavelmente vou passar uns dias até assimilar bem tudo isso e quero conhecer todos os detalhes que vocês sabem e descobriram.