domingo, 28 de novembro de 2010

A BUSCA DO HOMEM!

Creio ser basicamente a busca da felicidade.
O Homem primitivo saiu das cavernas, seu abrigo, para formar sociedades. Se agrupar em famílias, criando abrigos individuais ou coletivos, formando as pólis ou cidades.
Com a evolução chegaram os conhecimentos, o desenvolvimento da razão, do intelecto. O comportamento humano e social foram desvendados e definiu-se como se comportar num mundo sempre crescente. Mas foi esquecido o papel primordial do Homem. A busca da Feli-cidade, felix (fértil, frutuoso, fecundo, afortunado, alegre), cidade (pólis, espaço de convivência). Os Homens começaram a se afastar, agrupando-se em interesses, distâncias foram surgindo hierarquizando a humanidade. Pontes invisíveis e intransponíveis foram sendo construídas distanciando os homens e escravizando seus sonhos iniciais.
Evoluiu no corpo, na mente. Se multiplicou. Mas não estava preparado para isso. A diversidade, a tolerância e a paz.
O que nos liga ainda ao Homem primitivo são os dentes e o ato de consumir os alimentos deveria ser mais harmonioso, reverenciado, mas até nisso estamos regredindo. Pessoas sem tempo para se alimentar, comem de pé, não fazem a mastigação adequada, os alimentos que deveriam curar e nutrir, acabam tornando-se problemas e a idéia de sociedade, unindo-se para uma convivência harmoniosa está tão frágil que as cidades, os países estão em guerra constante, urbanas, rurais e continentais.
Em algum momento o Homem tem que se dar conta da extensão de sua destruição. Da destruição do Planeta Terra e destruição do indivíduo, do ser que recebeu o grande potencial de evoluir na cadeia animal para buscar a Feli-cidade, para equilibrar o Planeta Terra.
Nesta semana que vemos as grandes barbáries que os homens são capazes de fazer, como sitiar um Estado, como o Rio de Janeiro, destruindo sonhos através das armas, drogas, medo, vemos também, que as soluções também passam pelas armas para contra-atacar, por outro lado alguns males pretende-se extirpar como as drogas e o medo, fato que nos dá um alento para que parte de nosso povo encontre aquilo que tem direito. Sua FELICIDADE.

Que agora seja hora dos Homens mostrarem sua humanidade, colaborando para mudar e amenizar o cenário triste dessa comunidade, já que o Estado os abandonou por longo tempo. Que surjam voluntários (e que façam no Brasil todo onde nosso povo sofre desse mal), que surjam empresas, que acorde os governos e que o povo se uma para construir comunidades fraternas. Que as industrias doem tintas, material de construção. Vamos pintar, consertar as favelas, vamos educar as crianças, os adultos para limpar suas ruas, praças, escolas. Vamos levar educação, cultura, diversão, artes, esportes e alegria à todos os brasileiros. Vamos construir sonhos no coração das pessoas. Quem sabe assim, construiremos um mundo melhor!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

FORA INÉRCIA

Mesmo que alguns estados brasileiros tenham sido colonizados fortemente por europeus o Brasil sofre muita influência americana. Aqui se cultua a novidade, a tecnologia como apanágio de vida, talvez isso, explique, em parte, o povo considerar que o melhor, seja o moderno em formas e estilos.
Isso gera um dispêndio de energia fantástica. Destruir para reconstruir. Mas alguns povos conseguem conviver bem com a dualidade do novo e do antigo. Bem perto de nós temos o exemplo incrível do Uruguai (sem falar na Europa). País pobre, também com problemas sociais, mas lá é como se voltássemos no tempo, Cidade preservada, rica em patrimônio histórico. Monumentos em bronze, pedra, cimento ou mármore ficam intactos embelezando praças, casas, avenidas. Não vi vandalismo nas obras de artes e nem nas residências centenárias. As lixeiras, as luminárias de ruas tudo muito antigo.

Aqui, a Prefeitura gasta, anualmente, fortunas para renovar as lixeiras, as paradas de ônibus e outros aparatos públicos, dinheiro esse que poderia ser canalizado para outros serviços. A população continua jogando lixo na rua, colocando seus resíduos domésticos fora do horário da passagem do caminhão do lixo, deixando a cidade com aspecto feio e fragilizada na questão de saúde pública. A colaboração da população para preservar sua cidade vai permitir à Prefeitura investir mais adequadamente e não realizando duplamente o mesmo serviço.

Se uma conscientização/educação não for feita, em nosso país e claro, em cada Continente. O mundo, cada vez mais globalizado e com aumento populacional crescente, se verá diante de graves problemas de saúde pública, problemas que já haviam, sido, em parte, eliminados. O retorno de muitas doenças, que dizimaram populações no passado, devem retornar, com força redobrada, devido ao aumento da população, poucos investimentos em saneamento, educação, distribuição de renda e, claro pelo aumento dos deslocamentos e migração constantes dos individuos.
A tecnologia, a ciência, que muitos creditavam que iriam resolver os problemas da humanidade não conseguiram resolve-los. Campanhas milionárias sobre morte no trânsito, drogas etc, não vem surtindo efeitos desejados. Acredito mais no trabalho educacional, cultural e lúdico como motor para mudar as realidades sociais e integrar os individuos ao mundo, fazendo-os capazes de reconhecer seu papel de construtor de uma sociedade fraterna.

A consciência ambiental, o olhar cuidadoso sobre sua cidade e a educação da população é que vai permitir assimilar os direitos e deveres que temos para com nossa cidade, país e com o mundo.
Dicas Culturais:

1 -
 



2 - TEATRO DE ARENA e DEPARTAMENTO DE MÚSICA DA UFRGS

apresentam:

O Quê: Sarau no Arena. Nesta edição: Anonymmi Quattuor - O grupo vocal que tem por objetivo a interpretação da música Renascentista, baseado na pesquisa dos ideais filosóficos e estilísticos característicos da época. Integram o grupo as seguintes vozes: Ursula Collischonn (soprano), Letícia Grützmann (contralto), Lucas Alves (tenor) e Vicente Casanova (barítono). A direção é de Vicente Casanova
Quando: Dia 30de novembro de 2010, terça-feira, às 18h30min
Onde: Teatro de Arena (Av. Borges de Medeiros, 835, Altos do Viaduto, Fone: 51- 32260242
Quanto: ENTRADA FRANCA
Capacidade: 110 espectadores
Recursos: Convênio com estacionamento no Safe-Park / Sorteio de livro

TEATRO DE ARENA - A VIDA É FEITA DE ATOS
http://www.teatrodearena.com/

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Falta Educação...

Será que seja por sermos jovens demais? São 510 anos de Brasil apenas. Não temos nem a idade da Sainte-Chapelle. O que nos falta? Educação? O olhar cuidadoso sobre a vida, sobre a nossa história? Valores? Atitudes? Como construir isso?
Dia 18 de setembro fiz a Caminhada Literária no Centro de Porto Alegre e que havia sido transferida do dia 11 de setembro devido a chuva. Nosso cicerone foi o jornalista e escritor Carlos Urbim e algumas interferências feitas por arquiteto da Prefeitura.
Num passado não tão distante passear pelo Centro, pela Andradas, ir nos Cinemas (que já não existem) eram o forte da sociedade local. Ali, decisões políticas, saber dos acontecimentos, ver amigos, fazia parte do dia-a-dia da população. Atualmente, tem-se medo de ir ao Centro. Esse projeto da Prefeitura, Viva o Centro a pé, tem me feito retornar ao Centro da Cidade, procurar dar um olhar carinhoso à esse bairro que tanta importância tem para a economia de Porto Alegre.
O poeta Mário Quintana viveu no Centro muito tempo, amou esse bairro até o fim de sua vida. O Hotel Majestic uma de suas moradias, hoje é um Centro Cultural. Os Cinemas Imperial e Capitólio também estão sendo reformados para se transformarem em Centros de Cultura. Espera-se com isso buscar a retomada de um público que veja o Centro não apenas como um local de compras.
Muitas intervenções vem mudado o cenário decadente que o Centro de Porto Alegre se transformou, como a Rua dos Antiquários, a lavagem das escadarias do Viaduto da Borges. Mas isso é pouco para uma cidade.
No Viaduto vi jovens moradores de rua jogar colchões, roupas sobre um telhado. Esse local virou residência de tantos. Como se pode reviver um bairro com problemas assim. Pensei no que minha amiga falou da Europa. Muitas escadarias são verdadeiros jardins. Floreiras são dispostas em toda extensão. Mas aqui...
Mais adiante, na Praça da Matriz, o belo monumento central está todo pichado e havia um par de tênis pendurado nele. Não vi isso em Montevideo, cidade mais pobre que Porto Alegre. Mas que bela cidade. Será que não poderia ser feito um trabalho de educação cultural com esses jovens e os transformassem em guias do Centro histórico? Como incluí-los também nesse processo de olhar sua Cidade com outros olhos? Será que eles não poderiam aprender ofícios, recuperar monumentos? Somente um trabalho de inclusão social poderá contribuir positivamente para evitar esse cenário.
Mais uma surpresa. Quando descíamos a ladeira da General Câmara notei que as pedras que dividem a rua estão quebradas, sujas, cheias de lixo, dando um aspecto triste a uma rua de tantas histórias. Pensei: porque não colocar pequenos arcos trabalhados em ferro e floreiras ali. Creio que as vezes os próprios administradores precisam fazer caminhadas, imitar o Mário, que caminhava diariamente pelas Ruas de Porto Alegre e sempre encontrava motivos para suas poesias.

Lembremos o Mário

O MAPA
Mário Quintana

Olho o mapa da cidade
Como quem examinasse
A anatomia de um corpo...
(É nem que fosse o meu corpo!)
Sinto uma dor infinita
Das ruas de Porto Alegre
Onde jamais passarei...
Há tanta esquina esquisita,
Tanta nuança de paredes,
Há tanta moça bonita
Nas ruas que não andei
(E há uma rua encantada
Que nem em sonhos sonhei...)
Quando eu for, um dia desses,
Poeira ou folha levada
No vento da madrugada,
Serei um pouco do nada
Invisível, delicioso
Que faz com que o teu ar
Pareça mais um olhar,
Suave mistério amoroso,
Cidade de meu andar
(Deste já tão longo andar!)

E talvez de meu repouso...


Dica Cultural:
                          


terça-feira, 9 de novembro de 2010

Feliz vida – as muitas possibilidades!

Recebi de minha sobrinha fotos da sobrinha-neta, Jade, que tem 9 anos, exercitando sua veia artística no Colégio. Não me admiro muito pois na família tem muitos artistas: bailarinas, coreógrafa, cantoras. Ela estuda no Colégio Santa Catarina, em Novo Hamburgo. Já conhecia um pouco as possibilidades na educação oferecida aos alunos pelo educandário. Algum tempo atrás assisti as Meninas Cantoras do Colégio Santa Catarina, uma beleza. Agora abriram as diversas possibilidades artísticas para as crianças, os pequenos. Minha sobrinha-neta entrou para o Coro – as Pequenas Cantoras do Colégio Santa Catarina e para a dança aérea. Felizes crianças. Grandes chances de serem seres humanos melhores, estudando e se divertindo. Desenvolvendo o imaginário, os sonhos, enchendo suas vidas de realizações e possibilidades. A arte dá essa dimensão. Um grande caminho para os Colégios.
Os meios de comunicação dão pouco espaço para falar das coisas boas que se faz no mundo. E não faltam assunto. Cada dia vários brasileiros enchem nosso dia com alegria também, com resultados de pesquisa que podem mudar a vida das Comunidades, como os mostrados pela Mostratec, também em Novo Hamburgo, com os novos aprendizados, com a produção de óperas, peças teatrais, com pesquisa médica, com o ganho de medalhas nos esportes não tão divulgados nem incentivados.
Nesse grande mosaico que é a vida valorizar também pode ser um grande instrumento de mudança.

Criança fazendo arte




EVENTO: Divulgação

Começa amanhã as 18hs no Hospital de Clínicas de Porto Alegre no Anfiteatro Carlos César de Albuquerque, a 11° Jornada do Serviço de Recreação Terapêutica do HCPA. Os temas debatidos serão A integralidade como eixo da prática hospitalar, A formação do indivíduo para a prática da integralidade, A humanização do cuidar e Organizações familiares e as implicações para a integralidade no contexto hospitalar. Também haverá apresentação do filme De Mãos Dadas e exposição de temas livres. Incrição agora só no local com um custo de R$ 60,00 para estudantes e R$ 70,00 para profissionais. Informações no site do HCPA ou pelo fone 3359.8123.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Animais de estimação.

Há poucos dias ia em direção à uma parada de ônibus quando vi um cachorro avançar sobre uma pessoa. Parei! O homem passou por mim e disse: senhora, cuidado, o cachorro é brabo. Fui caminhando devagar e observei o animal indo em direção a alguma coisa. Quando estava perto observei que era um morador de rua enrolado num cobertor dormindo. O cachorro desceu a calçada e ficou alí deitado. Querendo dizer que estava cuidando do dono e aquele pedaço estava protegido. Desci também a calçada e fui pela rua. O animal nem latiu. Que seres fantásticos são os cachorros, não?
Lembrei quando morávamos em Manaus, numa casa muito grande com quintal e jardim. Tínhamos cachorro, o Mondego e um gato branco, Nevinho. Mondego era vira-lata, amigo de todo mundo, nunca vi um bicho correr tanto. Apostávamos corrida, brincávamos de esconder. A gurizada da vizinhança participava também. Um dia Mondego morreu. Toda a criançada resolveu fazer o enterro. Como tínhamos um quintal que parecia um sítio, foi lá que o deixamos. Quando nos mudamos para Belém, no Pará fomos de navio e levamos Nevinho, que veio a morrer anos depois. Tivemos vários tipos de animais, desde preá até papagaio, que para nós era pura diversão. Fazíamos repetir as lições do colégio e cantar. Mas o melhor mesmo era quando dava gargalhada imitando uma vizinha.
Morando em apartamento tudo fica difícil, sem espaço. Nunca quis animal, ficava com pena do confinamento. Minha filha insistia para ter um bichinho. Resolvi dar uma alternativa: peixinhos e tartarugas. Seres encantadores os animais da água. Mas desconhecendo seus hábitos e vida, logo vimos que peixinhos seriam sofrimento, não duravam muito tempo e toda aquela beleza nadando no aquário logo seriam substituídos. Passamos para a tartaruguinha, linda, pequenina. Mas...tem os enganadores e os desavisados. A tartaruguinha virou uma enorme tartaruga que já não tinha espaço para ficar. Tivemos que dar para uma pessoa que tinha um sítio. Graças a Deus que com os bichos nossos filhos também crescem e fica mais fácil convencê-los. É...o mundo moderno reduziu os espaços e deixou saudades. Nossos filhos, muitas vezes, já não terão tanta diversão simples como os pais e avós tiveram.